Henrique Rocha eliminado na segunda ronda do Eupago Porto Open
Tiago Pereira e Duarte Vale derrotados nos quartos de final de pares
Jaime Faria joga esta sexta-feira os quartos de final de singulares
Henrique Rocha foi eliminado na segunda ronda e deixou Jaime Faria como último representante português no Eupago Porto Open, o ATP Challenger 125 que a Associação de Ténis do Porto organiza até domingo (4 de agosto), no Complexo Desportivo do Monte Aventino, com os apoios da Federação Portuguesa de Ténis e da Câmara Municipal do Porto.
Dois dias depois de entrar com o pé direito no torneio que joga em casa, Henrique Rocha (167.º classificado no ranking ATP) esteve longe do nível necessário para travar o espanhol Alex Martínez (678.º), que graças aos parciais de 6-2 e 6-3 somou a oitava vitória nos últimos nove encontros.
O adversário chegou ao Porto como special exempt (evitou o qualifying e entrou diretamente no quadro principal) depois de surpreender tudo e todos rumo à final do Challenger 50 de Segóvia como qualifier. E voltou a dar provas de estar a atravessar a melhor fase da carreira num encontro em que foi quase sempre o melhor jogador, apresentando mais consistência do que Rocha para vencer em 84 minutos.
Mais apático e desanimado do que o habitual, o tenista da casa nunca se adaptou às condições e ao estilo de jogo do adversário, sempre mais consistente. Rocha teve o público do seu lado e, depois de um primeiro set em que não deu resposta, subiu o nível no segundo, chegando a recuperar por duas vezes de breaks de atraso. Mas quebras anímicas recorrentes, com vários erros como consequência, impediram-no de materializar uma reviravolta para duplicar a presença portuguesa nos quartos de final.
“O meu nível esteve um bocadinho aquém do que estava à procura, mas ele também teve o seu mérito porque jogou bom ténis”, reconheceu em conferência de imprensa. “Houve muitas bolas que não percebi como é que falhei. Talvez por falta de ritmo aqui no piso rápido, mas não foi só isso. Hoje estava com um mau feeling, não estava a sentir bem a bola. E ele tinha um jogo chato, que me fazia jogar mal. Mesmo assim fui tentando e na parte final já estava a sentir melhor a bola, a jogar melhor e tive alguns pormenores bons, mas não é disso que é feito o jogo, é mais da consistência, e aí ele foi melhor.”
Com a campanha no Eupago Porto Open concluída sem o brilharete desejado, Henrique Rocha despediu-se da cidade invicta com o objetivo de falhar o outro torneio Challenger que por cá acontecerá.
A intenção é fácil de desconstruir: o torneio promovido pela Federação Portuguesa de Ténis no Clube de Ténis do Porto acontece ao mesmo tempo que a primeira semana do US Open, em Nova Iorque, para onde o jovem de 20 anos viaja brevemente com a missão de passar pela primeira vez o qualifying de um torneio do Grand Slam.
Este resultado deixou Jaime Faria (169.º) como único português em jogo. O lisboeta de 20 anos — chegou a viver no Porto — é o quinto cabeça de série e na sexta-feira defronta, no segundo encontro das 11h no Court Eupago, o lucky loser ucraniano Vadym Ursu (338.º), responsável pelas eliminações de Francisco Rocha e Gastão Elias depois de entrar para o lugar deixado vago pelo ex-top 10 Lucas Pouille.
O outro embate do dia a contar com transmissão televisiva coloca frente a frente logo às 11 horas o qualifier lituano Edas Butvilas (457.º) e o espanhol Alejandro Moro Canas(168.º), sexto candidato ao título.
O alinhamento dos quartos de final relativos à metade inferior do quadro só ficou fechado esta quinta-feira. Primeiro com o ex-top 40 Mikhail Kukushkin (atual 134.º) a vencer o belga Joris de Loore (224.º) pelos parciais de 7-6(4) e 6-3 para marcar encontro com Martínez, carrasco de Rocha, e mais tarde com August Holmgren (249.º) a triunfar na sessão noturna — por 7-6(6) e 7-6(5) a Timofey Skatov (189.º e oitavo favorito ao título) — para se juntar ao qualifier francês Arthur Reymond (847.º), que prolongou a campanha no Monte Aventino com um triunfo por 6-4 e 7-6(4) sobre Alibek Kachmazov (261.º).
Se em singulares ainda se mantém vivo o sonho do Eupago Porto Open coroar um campeão português pela primeira vez desde que em 2021 passou a integrar o calendário do ATP Challenger Tour, nos pares essa possibilidade desfez-se com a derrota de Tiago Pereira e Duarte Vale.
Os dois amigos tinham boas memórias de Karol Drzewiecki e Piotr Matuszewski, os adversários que derrotaram em Braga, há menos de um ano, para celebrarem pela primeira vez lado a lado no circuito secundário, mas desta vez os polacos levaram a melhor com os parciais de 6-3 e 6-4 e confirmaram o estatuto de terceiros cabeças de série.
Drzewiecki e Matuszewski vão discutir a passagem à final com os primeiros pré-designados, o neerlandês Sander Arends e o britânico Luke Johnson. Na outra metade do quadro essa luta colocará frente a frente dois indianos, Ramkumar Ramanathan com o britânico Joshua Paris e Arjun Kadhe ao lado do francês Arthur Reymond.
Gabinete de Imprensa do Eupago Porto Open Challenger 125
Gaspar Ribeiro Lança
Steve Grácio
Fotografias: Lourenço Rodrigues/Pedro Loureiro/Murilo Augusto
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