Moez Echargui conquista primeiro título Challenger no Eupago Porto Open
- Tunisino de 32 anos venceu sete encontros e despediu-se com uma declaração de amor à invicta, “a casa longe de casa”
Moez Echargui já era apaixonado pela cidade do Porto e a partir deste domingo nunca mais vai esquecer a invicta: aos 32 anos, o tunisino conquistou o título mais importante da carreira ao inaugurar o palmarés no ATP Challenger Tour com uma semana dourada no Eupago Porto Open. O torneio organizado pela Associação de Ténis do Porto com o apoio da Federação Portuguesa de Ténis fechou a 27.ª edição com casa cheia no Complexo Desportivo do Monte Aventino.
Após 13 títulos ITF sempre na Tunísia, cinco dos quais na presente temporada, Moez Echargui (312.º classificado no ranking ATP) aproveitou o embalo no Porto e venceu o italiano Francesco Maestrelli (178.º e sexto cabeça de série) com os parciais de 6-3 e 6-2 para celebrar o momento mais solene da carreira ao cabo de 76 minutos de uma exibição a roçar a perfeição.
Vindo da fase de qualificação, o tunisino somou o sétimo triunfo da semana e o 53.º de 2025 numa decisão entre praticamente dois italianos, visto que tem Milão como base há algum tempo e até se expressa na língua na perfeição.
Depois de um embate dos quartos de final onde superou uma desvantagem de set e 3-1 e de uma meia-final na qual salvou um set point no primeiro parcial, Echargui não deu quaisquer chances ao conhecido adversário da final — foi um primeiro duelo entre ambos, mas conhecem-se bem de vários treinos em conjunto — e nem sequer perdeu o serviço em toda a final.
Perante o abanar de vários leques entre o público para aligeirar o forte calor, Moez Echargui colocou o Court Eupago sob brasas e, emocionado, deitou-se para festejar a maior conquista numa idade já bem avançada da carreira, depois de tantas lesões pelo caminho, e reunindo o favoritismo dos portuenses que celebraram em sintonia.
Apaixonado pela cidade, o tenista natural de La Marsa já tinha feito uma declaração de amor ao Porto no dia anterior e este domingo enfatizou-a na hora de erguer o troféu: “Já tinha muitos títulos em casa e agora tenho mais um, o Porto é a minha casa longe de casa.”
“O público voltou a ser incrível, estava um excelente ambiente. Apoiaram-me muito e fizeram-me sentir em casa, estou muito agradecido. Senti-me como se estivesse a jogar na Tunísia, mas estava no Porto”, acrescentou, já em conferência de imprensa, antes de abordar o encontro que lhe deu o maior título da carreira: “Acho que foi um dos meus melhores encontros, sobretudo no capítulo mental. Pode dizer-se que não tinha nada a perder porque vim do qualifying e acho que ele sentiu mais pressão do que eu. Mantive-me muito calmo, foquei-me em cada ponto e, agora que penso nisso, estava num ponto em que nem pensei em nada, estava no court e tudo saiu bem.”
A campanha dourada na invicta fará com que chegue ao 211.º posto da hierarquia na segunda-feira, superando o 271.º que tinha alcançado em outubro de 2023, deixando a estreia em provas do Grand Slam praticamente marcada já para o Australian Open.
Esta foi a 27.ª edição do Eupago Porto Open, que começou a 13 de julho com um WTA 125, continuou a 20 de julho com um ITF M25 e chegou ao fim na semana de 27 de julho com o ATP Challenger 100.
Gabinete de Imprensa do Eupago Porto Open
Gaspar Ribeiro Lança
Steve Grácio
Fotografias: Pedro Loureiro/Eupago Porto Open
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