Cinco lusos sobrevivem à ronda inaugural do Porto Open 2019
No primeiro dia destinado aos quadros principais do Porto Open 2019, dezanove tenistas portugueses – quinze jogadores e quatro jogadoras – partiam com a missão de tentar alcançar a segunda ronda dos respectivos quadros.
Pela manhã, no Court central do Monte Aventino, cabia a Nuno Borges, finalista vencido na edição, abrir as hostes frente ao gaulês Antoine Chauvinc, 3º cabeça-de-série. A tarefa não se revelava fácil para o jogador luso que já venceu dois torneios ITF desde o regresso dos EUA, e assim foi: apesar de ter estado, a espaços, por cima no jogo, acabaria por ceder perante o francês por 7-6(5) e 7-5 após quase duas horas.
Fred Gil, antigo campeão do torneio, conheceu igualmente um “carrasco” vindo de França esta tarde. Apesar de muito combativo e exibindo-se a um bom nível o ex-número um português não conseguiu ultrapassar Albano Olivetti, uma autêntica muralha com mais de dois metros e uma batida de impor respeito. Após muita luta e quase três horas de encontro, o gaulês levou a melhor na épica batalha realizada no Court Central do Monte Aventino.
Por outro lado, Daniel Rodrigues parece estar a adaptar-se bem aos courts de piso rápido do Monte Aventino e, depois de se apurar via qualifying, bateu hoje o compatriota Daniel Batista por 6-3 e 7-5. Amanhã, nos “oitavos”, a tarefa será mais complicada, já que terá de defrontar o 1º cabeça-de-série, B. Crepatte.
Em outro duelo luso desta quarta-feira, Luís Faria derrubou o campeão masculino do Porto Open 2017, João Monteiro. Monteiro regressou aos courts neste Porto Open após prolongada ausência devido a lesão e isso denotou-se na sua performance de hoje. O portuense mostrou claros sinais de debilidade física. Os parciais que deram a vitória a Faria foram de 6-3 e 6-3, tendo agora embate marcado com o russo Boris Pokotilov.
Também Gonçalo Falcão conseguiu superar mais um jogo entre tenistas nacionais, contra Manuel Gonçalves com um duplo 6-2, e vai agora defrontar outro qualifier, o israelita Daniel Cukierman.
De resto, foi uma 1ª ronda negra para a comitiva lusa a disputar o único torneio internacional realizado em Portugal e que conta com a vertente masculina e a feminina, distribuindo um total de 50 mil dólares em prémios monetários. Daniel Batista, Martim Prata, Paulo Fernandes, Tomás Almeida, Afonso Salgado, Francisco Cabral e Francisco Dias também disseram adeus à prova ao longo desta quarta-feira.
Francisca Jorge e Murta seguem em frente
Se no quadro masculino os portugueses enfrentaram muitas dificuldades, no quadro feminino, disputado em Guimarães, no Open Village Sports, a história foi um pouco diferente.
Logo pela manhã, Francisca Jorge, a jogar “em casa” beneficiou da desistência de Anastasiya Poplavska devido a problemas físicos, numa altura em que a número um portuguesa vencia por 6-3 e 3-1. Amanhã, Jorge vai defrontar Myrtille Georges, 4ª pré-designada do quadro.
Após o infortúnio de Sara Lança, jogadora convidada pela organização do torneio, que se lesionou no início do confronto com a japonesa Miyazaki, Rita Pinto, outra wild card, não conseguiu ultrapassar Dia Evtimova, da Bulgária.
Já ao final da tarde, Inês Murta, vice-campeã do Porto Open em 2016, conseguiu vergar de forma contundente a terceira cabeça-de-série do quadro, a experiente Olga Saez Larra, pelos parciais de 6-4 e 6-2, marcando encontro com a Miyasaki na próxima ronda.
Amanhã, quinta-feira, decorrerão os confrontos relativos aos oitavos-de-final de ambos os quadros de singulares, assim como os “quartos” da variante de pares, onde ainda se encontram muitas duplas nacionais.
A entrada no Monte Aventino é completamente gratuita e, para aqueles que não conseguirem apoiar ao vivo os nossos jogadores, podem sempre acompanhar os jogos do court central através da transmissão em directo na página oficial de Facebook do evento.