Coutada do Pedro – Do talento ao pragmatismo

Coutada do Pedro – Do talento ao pragmatismo

Quando penso em jogadores talentosos recordo-me sempre do Nuno Marques. O Nuno era um predestinado. Esquerdino, com um talento inato, mas que podia ter chegado muito mais longe. Quando penso em “toque”, lembro-me igualmente do Emanuel Couto ou do Tovan (António Van Grichen), que faziam o que queriam com a raquete e bola.   Dava gosto vê-los jogar porque não sabíamos quando vinha um amortie ou um tweener.

Porém, como em tudo na vida, o equilíbrio é fundamental. No ténis também. Isto para dizer que a par destes talentos coexistiam igualmente os trabalhadores incansáveis, jogadores pragmáticos e determinados como o João Cunha e Silva ou o Bernardo Mota. Podiam não ter um ténis tão atrativo, mas eram, sem sombra de dúvida, mais fortes mentalmente.

O expoente máximo deste equilíbrio é o João Sousa. Passou aquela barreira invisível do jogador português que não consegue chegar ao topo e continua a deixar boquiabertos todos os que desconhecem as horas diárias que dedica ao treino, a força mental que precisa ter para aguentar estar “lá em cima” tanto tempo.

Quando o João tinha uns 11, 12 anos e treinava com o Luis Miguel Coutinho, no Clube de Ténis de Guimarães, fomos fazer um 10 mil dólares feminino (ganho pela italiana Alberta Brianti). Parece que o estou a ver atrás de mim, com a raquete na mão, a pedir-me para ir bater umas bolas no final dos jogos todos os dias do torneio. E fomos.  Esta vontade de vencer não se treina. Ou se nasce com este espírito de campeão ou então fica-se pelas intenções e promessas.

Eupago Porto Open  é a prova internacional de ténis da cidade do Porto, inscrita nos circuitos profissionais ITF World Tennis Tour e ATP Challenger Tour,  organizada pela Associação de Ténis do Porto e realizada no Complexo Desportivo Monte Aventino, em parceria com a Federação Portuguesa de Ténis, e com o especial apoio da Ágora - Cultura e Desporto do Porto.
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