Coutada do Pedro – Não há coincidências
Outro dia, num qualquer programa de televisão, vi imagens emocionantes da incrível vitória da italiana Francesa Schiavone em Roland Garros, corria o ano de 2010. Achei curioso, pois quando surge algo sobre esta tenista, recordo-me da sua passagem, mesmo que efémera, pelo Porto Open, em 2001. Aliás, no mesmo ano que outra campeã de Roland Garros, aliás, tricampeã (1989, 1994 e 1998) a espanhola Arantxa Sanchez Vicario, entrava no lote restrito das vencedoras na cidade invicta.
Tinham algo em comum, a entrega e a luta com que disputavam cada ponto como se fosse o último. E isso é muito a imagem dos portuenses.
No começo de mais uma edição do Porto Open é impossível dissociar alguns nomes que passaram pela cidade invicta e que marcaram este torneio. Desde a primeira edição, em 1999, com a búlgara Topalova a sagrar-se campeã, ou no ano seguinte, com a bela espanhola Maria Antónia Sanchez Lorenzo, a conquistar o Porto (e os portuenses), seguiram-se jogadoras que lideravam o ténis mundial (pelo menos no que diz respeito a terra batida), como foi o caso das já referidas Arantxa e Schiavone.
Agora, seis anos depois do interregno da prova feminina, vão certamente surgir outras tenistas que poderão ou não chegar longe. Tudo vai depender da forma como se dedicarem, da resiliência e vontade de vencer.
Como na vida, o ténis é rico em momentos de felicidade mas também de tristeza, de incerteza mas igualmente pródigo em resultados positivos. É tudo uma questão de dedicação e alguma sorte. Mas mesmo a sorte é trabalhada. Não há coincidências.