Jaime Faria volta a resistir e chega às meias-finais do Eupago Porto Open
Favoritos Arends e Johnson contra Paris e Ramanathan na final de pares
Jaime Faria voltou a sorrir por último e apurou-se para as meias-finais do Eupago Porto Open, as terceiras da carreira no circuito Challenger (sempre esta época), segundas na categoria 125 e primeiras em hard court.
O maior torneio da cidade invicta é organizado pela Associação de Ténis do Porto até domingo, no Complexo Desportivo do Monte Aventino, com os apoios da Federação Portuguesa de Ténis e da Câmara Municipal do Porto.
Dois dias depois de dar a volta ao compatriota João Domingues para vencer em três sets, Jaime Faria (169.º classificado no ranking ATP) fez o mesmo contra o ucraniano Vadym Ursu (338.º) e triunfou com os parciais de 6-7(6), 6-3 e 7-5, mas só depois de passar 2h39 em campo.
O jovem de 20 anos esteve longe da melhor condição física, mas apesar das limitações teve hipóteses de obter uma vitória mais folgada, dado que na primeira partida dispôs de 10 set points antes de ver o tie-break escapar-lhe.
Ursu foi chamado como substituto de Lucas Pouille em cima da hora e aproveitou a segunda oportunidade para travar dois portugueses (Francisco Rocha e Gastão Elias) no quadro principal. Sem pressão, o ucraniano explorou bem as limitações do português e apesar de ter menos soluções conseguiu tirar-lhe ritmo e destabilizá-lo com as várias oscilações que o caracterizam, ameaçando uma terceira vitória contra jogadores “da casa”.
“Estou longe de estar no nível a que queria estar, mas temos de olhar para o copo meio cheio: estou nas meias-finais de um Challenger 125 e há muita margem de progressão. Hoje também estava muito vento e eu não me consegui adaptar muito bem, mas acabei por ser melhor nos momentos decisivos”, resumiu na conferência de imprensa.
Acrescentando que “foi difícil” lidar com o facto do corpo não lhe permitir atingir o rendimento máximo, o jovem de Lisboa também disse que o adversário “não dar ritmo” e ter “muitas subidas e descidas de rendimento” ajudou a resistir a mais um dia difícil no Monte Aventino, onde não tem problemas em afirmar que esta se trata “de uma semana muito importante, com muitos pontos e muito dinheiro em jogo e que pode fazer muita diferença para a minha carreira.”
Semifinalista do Oeiras Open 125 em abril e campeão do Oeiras Open 4 (um Challenger 75) em maio, Jaime Faria vai jogar no Eupago Porto Open as terceiras meias-finais Challenger do ano e da carreira, mas primeiras em hard courts — a superfície em que já não competia desde que, em março, venceu quatro torneios ITF M25 consecutivos na região algarvia.
Alejandro Moro Cañas (168.º) é o adversário que separa o jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis de uma segunda final no circuito secundário.
O espanhol esteve de malas feitas para dizer adeus ao Porto, mas anulou três match points no tie-break da segunda partida e deu a volta ao qualifier Edas Butvilas, que até esta sexta-feira não tinha perdido sets, para vencer por 4-6, 7-6(8) e 6-4 e alcançar as meias-finais mais importantes da carreira — três meses e meio depois de ter inaugurado o palmarés neste circuito com um triunfo em Roma, mas em terra batida.
Faria e Moro Cañas nunca estiveram frente a frente e vão disputar a primeira meia-final de sábado, marcada para as 11 horas. Depois, a última vaga na final será discutida entre Mikhail Kukushkin (134.º) e August Holmgren (249.º).
Ex-top 40 mundial, o cazaque chegou a esta jornada como o mais cotado — e também o mais experiente — dos sobreviventes e não sentiu dificuldades em prolongar a campanha no Porto: os parciais de 6-4 e 6-1 deram-lhe uma vitória cada vez mais confortável frente ao espanhol Alex Martínez (678.º), que esgotou as baterias depois de atingir a final do Challenger 50 de Segóvia como qualifier na última semana.
Mais exigente foi o triunfo de Holmgren, que precisou de resistir para evitar ser mais uma vítima do qualifier francês Arthur Reymond (847.º) e só ao cabo de três partidas, com os parciias de 6-2, 4-6 e 6-3, seguiu em frente.
Kukushkin (que tem um título ATP entre quatro finais jogadas) tenta inscrever o nome numa decisão do circuito secundário pela 31.ª vez na carreira e terceira em 2024, ano em que já venceu os torneios de Manamá (Bahrain) e Tenerife (Espanha), sempre em piso rápido.
O currículo de Holmgren é bem mais tímido e para o dinamarquês está em jogo a segunda presença em finais Challenger, apenas duas semanas depois de ter adicionado um toque dourado à primeira com um título em Pozoblanco.
A jornada de sábado ficará concluída com a final de pares. De um lado estarão os primeiros cabeças de série Sander Arends e Luke Johnson, dos Países Baixos e da Grã-Bretanha, e do outro o também britânico Joshua Paris e o indiano Ramkumar Ramanathan.
Gabinete de Imprensa do Eupago Porto Open Challenger 125
Gaspar Ribeiro Lança
Steve Grácio
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